Falta de Energia em SP: Pacientes em Risco

Pacientes em estado grave

O impacto da falta de energia na vida de famílias em São Paulo. Pacientes dependentes de aparelhos ficam em estado de alerta.

A crise energética na Grande São Paulo, provocada por um forte temporal, transformou a vida de muitas famílias em um pesadelo. O apagão prolongado, que dura desde sexta-feira (11), expõe, de maneira preocupante, a vulnerabilidade daqueles que dependem de aparelhos médicos para sobreviver. Além disso, para essas pessoas, a eletricidade não é um simples conforto, mas uma necessidade de vida.

A luta de uma família para manter a filha viva

Entre os casos mais críticos está o de Heloísa, uma jovem de 18 anos que sofre de amiotrofia muscular espinhal. Ela precisa de aparelhos para respirar e sobreviver. Por essa razão, seus pais, em desespero, conectaram o respirador à bateria do carro para garantir que sua filha não ficasse sem o suporte necessário.

“Para ela, a energia é uma necessidade vital”, explica Mario Neto, pai de Heloísa. Consequentemente, sem alternativas, a família comprou cabos e conseguiu energia emprestada de um vizinho para continuar mantendo os aparelhos ligados.

Pacientes em hospitais e casas sem luz

O apagão não afetou apenas residências. Enquanto isso, hospitais também enfrentaram sérias dificuldades. O Hospital Saboya, na Zona Sul de São Paulo, ficou sem energia, prejudicando o tratamento de pacientes como o pai de Juliana Mesanelli, que sofreu um AVC isquêmico. Devido a isso, exames vitais foram atrasados.

Medicamentos perdidos e falta de condições de cuidado

Roseli Vieira, cuidadora de idosos, compartilhou seu desespero. Depois de dias sem luz, todos os medicamentos dos pacientes, incluindo sua própria insulina, foram perdidos. “Estamos sem energia há dias, mas não podemos desistir. Além disso, os remédios e a comida estragaram, o que põe em risco a vida de quem precisa de cuidados especiais”, lamenta Roseli.

Respostas oficiais e esforço para restabelecimento

A concessionária Enel Distribuição SP declarou que ainda há cerca de 430 mil imóveis sem energia, e que a equipe técnica está trabalhando intensamente para resolver a situação. Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Hospital Saboya voltou a operar normalmente, e que 27 Unidades Básicas de Saúde continuam funcionando com geradores.

Falta de humanidade no atendimento a clientes vitais

Famílias que dependem de energia para aparelhos médicos sentiram-se desamparadas. Mario, pai de Heloísa, criticou o cadastro de clientes vitais, que deveria priorizar o atendimento a pacientes dependentes de eletricidade. “Esse cadastro é uma ilusão. Portanto, a nossa filha correu risco de vida por horas”, desabafou.

Conclusão

A crise de energia em São Paulo expôs a fragilidade do sistema elétrico e as graves consequências para aqueles que dependem da eletricidade para sobreviver. Por fim, para essas famílias, a luz representa muito mais do que conforto — é uma questão de vida ou morte.

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