Disputa Interna no PT Após Derrotas Eleitorais

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Derrotas nas eleições precipitam disputa interna pelo comando do PT

Brasília — O mau desempenho do PT nas eleições recentes provocou uma intensa disputa pelo comando do partido. O atual mandato da presidente Gleisi Hoffmann termina apenas em 30 de junho, mas colaboradores próximos ao presidente Lula discutem a possibilidade de antecipar sua saída. Embora Gleisi rejeite essa ideia, a pressão aumenta.

Discussão sobre a Liderança do PT

Durante uma reunião, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, questionou Gleisi sobre deixar o cargo em fevereiro. Ela negou essa possibilidade. A briga pela liderança ocorre na força política CNB (Construindo um Novo Brasil), onde Lula tenta evitar conflitos internos. Ao mesmo tempo, muitos membros da CNB responsabilizam os ministros de Lula pelos resultados eleitorais decepcionantes.

Após o primeiro turno, dirigentes do PT expressaram preocupações sobre o presidente estar cercado por “ministros bajuladores”. Esse cenário gera um clima tenso, enquanto a discussão sobre a liderança do partido se intensifica.

PT assiste preocupado a declínio de seus líderes em SP - 09/10/2024 - Poder  - Folha

Compromisso de Gleisi Hoffmann

Gleisi insiste que permanecerá no cargo até o final do mandato. Além disso, ela nega ter recebido sugestões de antecipação de sua saída. “Vou ficar até o fim do mandato. Esse foi meu compromisso com o presidente Lula”, afirma. O cenário político se complica por derrotas em cidades-chave, como Araraquara, onde a ex-secretária da Saúde, Eliana Honain, não conseguiu vencer.

Nesse contexto, muitos membros do PT acreditam que a próxima liderança deve ser de um representante nordestino, considerando a importância da região para a vitória de Lula.

Nome em Discussão: José Guimarães

Um dos nomes mencionados é José Guimarães, atual líder do governo na Câmara. Embora tenha interesse em concorrer ao Senado em 2026, ele permanece focado nas eleições locais em Fortaleza. Sua vitória poderia fortalecer sua posição dentro do PT, mas ele só tratará de sua possível candidatura à presidência após o segundo turno.

O ex-presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, acredita que a escolha do presidente não deve depender apenas do desempenho eleitoral. Para ele, o perfil do candidato é crucial. Nesse sentido, Edinho é visto como a escolha ideal para reposicionar o partido.

Olhando para o Futuro

À medida que a disputa se intensifica, os petistas observam as movimentações para a eleição presidencial de 2026. Gleisi, que criticou a política econômica de Fernando Haddad, pode ser afastada do núcleo do governo. A definição do novo comando do PT entrará em pauta no dia 28 de outubro, após um balanço das eleições. O calendário interno será definido em dezembro, e a nova direção deve ser eleita em pelo menos três meses.

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